Friday, June 02, 2006

Flower Power e Vestidos de Preto e Branco

Ontem perdi a cabeça mas não a procurem que eu também não. A rotina atrofiava-me, a melancolia do dia a dia, tomava conta de mim, decidi então vestir uma camisola rosa fluorescente com bués de flores verdes, azuis, amarelas, tipo jardins proibidos, óculos de sol à abelha maia, calças à boca de sino XXL, sandália da Natura( passe a PUB) e lá fui "cortir". Entramos, era a festa Flower Power, fosse outra qualquer, o "people" abanava a cabeça, dançava rituais de acasalamento como aves na Primavera (aquilo de as Flores se roçarem umas nas outras e descerem e subirem na posição de defecar e em pé é que não percebi bem!!), os shot´s eram engolidos de supetão, a vista era multicolor da vestimenta, a música que nada tinha a ver com o evento mas com flatulência sem odor era estupenda, o fernesim de dois dedos no ar, as conversas aos gritos, muito "arcool", muito power... logo entrei no ritmo... shot para cá, dança para lá, cumprimenta para ali, fita para acoli que ritmo estonteante. Bem chegou a uma altura que era shot cá, shot cá e naquela agitação, sentia-me noutro planeta, onde me rodeavam abelhas e os seus olhos saiam das órbitras e corriam na minha direcção. Estaria a delirar eram os efeitos dos shot´s ou do cheiro a eucalipto... Não sei... Fugi, juntamo-nos em bandos de "pardais à solta" e ainda alucinados entramos num castelo. Era uma festa assustadora, com requinte parolo, onde mulheres vestiam de branco e homens de preto, excepto um que parecia uma zebra( problemas de identificação), todos eles tinham tiques abichanados a armar pró fino, tratavam-se por tios e tias, elas loiras de raizes pretas na sua maioria, eles de sorriso parvo e peito inchado deambulavam seus esqueletos ao qualquer coisa de um som que chamavam música. Senti naquele momento que os "putos" dos shot´s me alucinavam tal bebedeira absintesca e muito provavelmente estaria no planeta dos macacos, estes com menos inteligência e mais primatismo que os originais, embora este planeta tivesse algo de positivo bebebia-se CHampagne e "Viski" do bom sem ser traficado. Em pânico corri, embati em três artistas de 150kg cada um, disparando-os como mecos de bowling e só parei na tasca do Zé da Esquina, onde estavam muitas Marias da esquina, precisava de algo tradicional, uma bifana, dois rissois, meio kilo de camarão da costa e uma Super de garrafa sem copo e assim foi..
Às sete e meia da manhã regressei a "cubata", meti a cabeça debaixo da cascata em àgua gelada,vesti uma roupa normal e lá fui prá rotina. Só não me saíam da cabeça três coisas a música detestável, a psudo alegria para expelir frustrações e aquele senhor vestido de zebra que dizia ser castelo e pedia que lhe fizessem um botão de rosa...

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